2021 está sendo o ano das mudanças nas estratégias de marketing digital. Diversos fatores influenciaram o nascimento e crescimento de tendências que prometem se manter durante todo o ano.
Claramente, o grande influenciador para todas as mudanças foi o efeito gerado pela pandemia do novo Coronavírus. O distanciamento social fez com que o comportamento das pessoas se voltasse quase integralmente para a internet.
Com isso, alguns canais foram fortalecidos, outros enfraquecidos, as empresas precisaram se adaptar à realidade e modificar a forma como tratavam os seus canais digitais.
Em 2020, a adaptação se tornou uma questão de sobrevivência. Não havia alternativa. Os empreendedores precisaram mergulhar no mundo digital para manter o seu negócio vivo.
Infelizmente, esta adaptação não foi possível para muitas empresas, que acabaram encerrando suas operações. Entretanto, em meio ao caos, novas oportunidades surgiram e 2021 é o ano de aproveitá-las.
Pensando nisso, preparei um conteúdo completo com as melhores estratégias de marketing digital para você considerar no planejamento da sua empresa para o restante do ano.
Experiências humanas
Os seres humanos têm a necessidade do contato interpessoal. Antes da pandemia, visitas a lojas, shoppings ou a amigos e parentes satisfaziam a nossa necessidade de viver em sociedade.
Entretanto, a pandemia chegou e ficamos limitados aos contatos digitais, seja por chat, aplicativos de conversas ou videochamadas. Com isso, como fica a comunicação entre empresas e clientes?
Até o fim de 2019, vinham crescendo as tecnologias de atendimento automático, com chatbots e o marketing conversacional. O mercado enxergava esta tecnologia com bons olhos e a aderência só crescia.
Entretanto, com a ausência do contato físico do cotidiano, as pessoas sentiram a necessidade das experiências humanas através do computador ou do celular. Com isso, conversas com assistentes virtuais passaram a fazer menos sentido.
Como adequar isso à sua estratégia de marketing digital?
Em suma, apostar em um atendimento personalizado e em experiências que simulam a interação humana se tornou necessário. Ao invés de um chatbot convencional, você precisará passar a experiência de uma pessoa na conversa.
Diálogos descontraídos, emojis e direcionamentos para atendentes reais podem ser alternativas interessantes e que facilitam a comunicação. Da mesma forma, utilizar elementos da cultura pop, como memes, também podem personalizar o processo.
Imediatismo fortalecido
Ao visitar uma loja física, o usuário conversa com o(a) atendente e recebe um retorno imediato sobre as suas necessidades, assim como os produtos que atendem à sua demanda.
Com a ausência do contato presencial, os usuários migraram para a Internet, entretanto, com o sentimento de imediatismo semelhante ao presencial. Demoras no atendimento podem ocasionar em perda de vendas.
Visitar várias páginas, sites e lojas ao mesmo tempo se tornou mais fácil. Até mesmo os usuários que não possuíam o hábito de comprar online foram obrigados a migrar para a internet.
Com isso, ao se deparar com uma demora no atendimento, as chances de o potencial cliente procurar um concorrente é grande. A disputa por espaço se tornou ainda mais acirrada.
Como criar estratégias para essa tendência?
Aposte em caminhos mais curtos até o atendimento humano. Configure seus atendimentos automáticos para que sejam cada vez mais personalizados e próximos do comportamento humano.
Treine a sua equipe para atender todo o tipo de público. Lembre-se que as pessoas que não possuem familiaridade com a tecnologia também estão navegando e possuem intenção de compra. Valorize-os.
Conteúdo gerado pelo usuário
Imagine que, com o distanciamento social, as pessoas foram impedidas de visitar lojas, visualizar fisicamente os produtos e, nos casos de roupas e calçados, experimentá-los.
A ausência da experiência pessoal gerou uma grande demanda do público em buscar referências sobre os produtos a serem adquiridos. Antes de comprar, o usuário busca revisões de outras pessoas sobre determinado item.
Como se adequar à essa tendência
Na Internet, possuir conteúdo sobre o seu produto ou serviço gerado por outras pessoas é importantíssimo para a sua marca ganhar relevância entre os próprios clientes.
Claro que esse conteúdo precisa ser positivo. Ou seja, os clientes devem elogiar o produto e recomendar para outros usuários. Todavia, a qualidade é um princípio básico para o sucesso de qualquer produto.
Possuir produtos de qualidade é fundamental para suas estratégias de marketing digital. Tendo este fator sob controle, você só precisa estimular os seus clientes a gerarem conteúdos favoráveis aos seus produtos e marcas.
E-commerce omnichannel
Se você entendia o termo e-commerce como algo limitado às lojas virtuais, com os pagamentos automáticos e o envio pelos Correios ou transportadoras, precisará de mais que isso para se adequar ao mercado.
O e-commerce omnichannel é uma realidade e a sua marca precisa estar ligada a este termo, disponibilizando os seus produtos para serem adquiridos através da internet.
O que significa e-commerce omnichannel?
Em uma tradução literal, seria o comércio eletrônico multicanal. Trata-se da disponibilização dos produtos para negociação através da Internet. O pagamento e o envio não precisam ser automatizados.
O segredo é dar a opção ao usuário de visualizar, tirar dúvidas, consumir conteúdos e solicitar orçamentos, tudo de forma online. É chamado de e-commerce qualquer venda que foi intermediada por um canal digital.
Preparar o comércio multicanal é complexo?
Tudo depende do quão completo você quer que suas estratégias de marketing digital sejam. Disponibilizar o seu catálogo de produtos nas redes sociais e possuir um canal de negociação no WhatsApp já é suficiente.
Permita que os seus clientes entrem em contato e negociem de forma digital. Lembre-se que o contato humano está limitado e as pessoas estão com um real receio de sair às ruas para fazer compras.
Virada da quantidade para a qualidade
Com a popularização do marketing de conteúdo e da otimização dos conteúdos para os buscadores, os últimos anos (anteriores a 2020) foram marcados pela produção de conteúdo em larga escala na internet.
Todavia, a necessidade de volume fez com que conteúdos superficiais ganhassem cada vez mais força. O objetivo era criar conteúdo para o Google, não para os leitores. Resultado: conteúdos de baixa qualidade em grande volume.
Entretanto, com a pandemia, as pessoas começaram a perceber essa superficialidade e descartar os conteúdos de baixa relevância. Um movimento chamado de “slow content” ganhou força.
O que é slow content?
Na tradução literal, conteúdo lento. Este nome se deu pelo fato de as pessoas começarem a optar por conteúdos maiores, mais densos, entretanto, mais carregados de informações relevantes.
Ao invés de consumir vários vídeos no YouTube, as pessoas começaram a ter mais tempo para verem vídeos mais longos e mais interessantes. Um exemplo disso são os podcasts, como o Flow, que ganhou força nos últimos meses.
No caso do Flow, os episódios possuem duração superior a 1h30min sempre. Parece muito tempo, não? Entretanto, este se tornou um fenômeno no Brasil inteiro, com um formato inovador e que conquistou o público.
Novamente, um conteúdo mais denso e com maior relevância se sobressai a outros menores e mais superficiais.
Crescimento das buscas por voz
Alexa, Cortana, Siri e a assistente do Google ganharam força. Os usuários estão dependendo cada vez menos esforço para realizar as suas buscas. Com isso, as técnicas de SEO precisam ser otimizadas cada vez mais.
As tradicionais configurações de palavras-chave já não são suficientes para uma estratégia de marketing digital efetiva. É necessário um trabalho mais refinado no SEO do seu site ou blog.
Como se adequar à esta tendência?
O Google tem atualizado as suas diretrizes de SEO constantemente à medida que o comportamento dos usuários muda. Adeque o seu site ou blog às novas exigências e mantenha o seu conteúdo voltado para o leitor.
Ao produzir um conteúdo, procure esquecer que ele será ranqueado e precisa de uma estrutura padrão. Imagine-se no papel de leitor e procure proporcionar a melhor experiência possível.
O engajamento do público com o seu conteúdo é muito mais importante que a estrutura adequada para os buscadores. Faça com que a sua audiência dissemine o conteúdo ao invés de depender exclusivamente de um algoritmo.
Foco em dados e performance
Cada vez menos as pessoas estão dando relevância para métricas de vaidade. Curtidas e seguidores estão perdendo relevância para empresas que buscam resultados financeiros na internet.
Se você pretende ter lucros utilizando a internet, utilize as ferramentas que fornecem dados relevantes para a sua estratégia de marketing digital. Assim, terá embasamento para criar campanhas que convertam.
Seus conteúdos não precisam ser os mais bonitos, nem os mais completos. Eles precisam entregar valor à sua audiência e fazer com que ela se aproxime ainda mais da decisão de compra.
Produzir conteúdos que convertem faz com que você otimize o seu tempo e utilize menos recursos para conquistar clientes.
Conclusão
As mudanças no mercado em geral impactaram todos os segmentos. Naturalmente, as estratégias de marketing digital precisam se adequar aos novos comportamentos para continuarem sendo úteis para o seu negócio.
Garanta que a sua empresa estará atualizada com relação ao mercado e se manterá próxima dos seus clientes, mesmo que de forma digital. Assim, você conseguirá captar e manter a sua audiência em busca de conversão.